Entras por uma porta... lá dentro, as paredes caiadas a branco reflectem o fervilhar das pequenas chamas que lavram nos pavios das velas. Um cortinado branco cobre uma janela comprida enquanto o perfume a cereja te envolve naquele ambiente. Ao lado uma secretária serve de suporte a um sistema de áudio que toca levemente uma das tuas baladas preferidas
I'm so tired of being here
Suppressed by all my childish fears
And if you have to leave
I wish that you would just leave
'Cause your presence still lingers here
And it won't leave me alone
These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have
All of me
You used to captivate me
By your resonating life
Now I'm bound by the life you've left behind
Your face it haunts
My once pleasant dreams
Your voice it chased away
All the sanity in me
I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me
I've been alone all along
Em frente, à medida que dás um passo após outro, numa cama de cores quentes, surge a imagem da pessoa que mais amas. Surge um beijo, outro beijo, um toque, uma declaração de amor selada num beijo sem fim. A pele suada toca uma na outra trocando palavras de amor e carinho, o toque, elevado ao máximo, faz o mais tímido suspiro soar estrondosamente em todo o quarto. Sabes apenas que aquele é o momento, que aquela é a realização de um sonho que anseias desde que trocaste um olhar. Sabes que aquele é um dos muitos beijos que, serenamente, transmitem todo o amor que nutre dentro de vocês.
Entre carícias e palavras de amor a noite põe-se e com ela... mais um sonho agarrada a ti.
A quem é tudo na minha vida....
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Cátia
Passou mais um dia.. parecia banal mas marcava mais um aniversário. Por um lado, o aniversário de algo triste e que é necessário mantermos na nossa consciência, o aniversário de mais um atentado que vitimou inocentes, pessoas que faziam a sua rotina diária, que iam para a escola e para o emprego. Pessoas que pura e simplesmente estavam no lugar errado à hora errada. Nas nossas memórias deve ficar para sempre mais um atentado que vitimou 191 pessoas e posteriormente um polícia que fora em serviço prender alguns dos autores deste atentado. Nas nossas memórias deve ficar, para sempre, que há homens que odeiam para além da compreensão.
Por outro lado, este dia comemorou algo bom, algo feliz. Comemorou mais um aniversário da minha mãe, e é exactamente neste assunto que me vou debroçar. A importância de um ser, a importância de uma mãe. Desde sempre que me lembro de ter a minha mãe bem perto, na rotina diária de sair cedinho para Lisboa no carrito creme (já nem sei a marca), do cheiro do café pela manhã com carcaças com manteiga e fiambre, de ficar em casa dos meus avós enquanto ela e o meu pai iam trabalhar e os meus irmãos iam para a escola primária, posteriormente para a preparatória. Lembro-me de ir, vezes sem conta, ainda meia a dormir, enrolada no cobertor castanho escuro e claro com um enorme Mickey desenhado. Lembro-me das brincadeiras com os meus primos também ainda miúdos, na casa dos meus avós, e de como delirávamos por nos deixarem subir uns degraus do escadote! Ficávamos enormes!
Mas quando fui para a escola a minha mãe deixou de trabalhar e passou a estar tempo inteiro em casa, fazendo uns trabalhos ocasionais mas que lhe permitiam estar em casa... connosco. Por isso, desde os 5 anos que ela estava ali, sempre do nosso lado. E, apesar de um ou outro arrufo natural de um casal, éramos felizes. Pelo menos lembro-me de sentir que éramos uma família, lembro-me das idas à praia, das idas à feira popular (quando ainda tinha piada ir lá... do cheiro das pipocas!). Lembro-me bem das birras que fazia para ir para a escola... nem sei explicar porquê, simplesmente não queria ir para um sítio de desconhecidos... apesar de me tratarem bem e de ser uma das melhores alunas. Acho que estava demasiado habituada a estar com família.
Os anos foram-se passando e rapidamente atingi o secundário. Foi nessa altura que comecei a aperceber-me que o mundo não era tão cor-de-rosa como eu o pintava ou então simplesmente abri os olhos... não sei bem. Os sinais começaram a ser cada vez mais evidentes mas tudo o que dizia parecia não ter senso. Era demasiado nova. Foi nessa altura que me comecei a fechar num casulo e me afastei.
As mudanças foram-se dando e não sei onde perdi-me... ou perdi-a. Ela estava ali mas já não era ela. A minha mãe tornara-se em algo em que eu não me conseguia orgulhar e por mta ajuda que se tentasse dar, de todas as vezes fui afastada. Aos poucos a família desfez-se.
Aos 17 anos era tudo uma confusão... ninguém se entendia. Até que o inevitável aconteceu e a paz retornou... para todos.
Aos 22 anos, depois de ouvir demasiada coisa que não gostei, depois de muita coisa explodi e deixei de dar mais oportunidades. Quem ler isto poderá pensar que exagerei... quem conhece a história por completo não pode deixar de dizer que já se esperava. Aindia assim a minha mãe continua a ser a minha mãe. Continuo a ter o amor que tinha por ela apesar de estar um pouco pisado e magoado, mas importa que contínua cá dentro, vivo, a pulsar e a fazer-me lembrar dela continuamente. Por muitos erros que ela faça e que eu faça, vai continuar sempre cá pelo simples facto de ser minha mãe, pelo simples facto de durante anos, me ter dedicado e aos meus irmãos e pai, o seu amor. Por isso um grande obrigado!
Não sei quantos se poderão rever na minha situação, não sei quantos sentirão que não conseguem desculpar, amar ou sentir que a vossa mãe contínua a sê-lo após uma outra infelicidade. Não sei e não poderei avaliar a vossa decisão, apenas posso dizer que Mãe é mãe, é um símbolo de amor e dedicação, nem que seja pelos nove meses que nos trouxe na barriga e nos alimentou de forma a sobrevivermos e pelos minutos ou horas de parto que se seguirão decerto de um enorme amor... nem que seja por uns minutos. E só isso já a faz ter uma importância única e dever-lhe um amor e gratidão imensas. Pensem nisso!
Saindo um pouco do tema... amoooooooor tenho saudades tuas! Amo-te meu boneco lindo!!!!!!
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Cátia
Oláaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Pois é! Pela primeira vez neste blog que, por acaso, já celebrou um anito de existência *palminhas*, não posso pôr uma imagem toda catita.... mas o meu monitor pifou e o meu irmão não tem imagens decentes neste portátil.
E podem-me bater sim... já cá não escrevo há quase um mês mas isto tem andado um tanto complicado. Entre estudo para exames, idas infrutíferas à faculdade, jogos e o meu menino acababa por sobrar pouco tempo para tudo o resto!
Novidades importantes.... houve mais um almoço alusivo ao fórum que me fez conhecer o amor da minha vida e que, felizmente, correu 5 estrelas! Nesse mesmo dia o meu amor foi jantar com um amigo e com a ex... E eu só tive um bocadito de ciúmes *palminhas*!!! Estou a evoluir :-P.
Na passada quarta-feira, dia 23, tive um acidente de carro :'(. Felizmente tudo correu pelo melhor e não passou de um susto, carros para a sucata (ou quase) e umas arranhadelas, queimaduras, nódoas negras e pouco mais. Escusam de estar a pensar "mulher ao volante" :-D porque até era o meu pai que ia a conduzir e o do outro carro também. Ilacções a retirar: quando esteve a chover as primeiras chuvas não se pode ir depressa e pisar no travão pois o carro vai guinar para algum lado... nem que seja para o outro que vai feliz na sua faixa e... o airbag NÃO é nosso amigo <_< ... que o diga a minha cara :-S.
Mas pronto fora isso... o dia dos namorados foi bom embora o meu lindo só tenha chegado do Porto à 00h e qualquer coisa mas sempre foi melhor do que nem vir. Dei.lhe um álbum de fotografias nossas.. e não só... comentadas e com textos e letras de músicas... Acho que ficou mto giro e ele pareceu ter gostado mto... Mas acima de tudo estivémos juntos e pudémos celebrar este dia com o amor um do outro o que é algo fenomenal!
E pronto penso que é tudo e como o sono já aperta, a minha criatividade já não é mta, por isso, vou-me ficar por aqui e não vou escrever nada... do que costumo escrever :-P
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Cátia